sábado, 22 de março de 2008

A Rosa do Povo


" Todo homem sozinho devia fazer uma canoa e remar para onde os telegramas estão chamado"!
(Carlos Drummond de Andrade) - Notícias

quinta-feira, 13 de março de 2008

Romantismo - "Um amor para Recordar"

“Um amor para recordar” é um dos filmes românticos mais bonitos que existe. É impossível assistir e não se emocionar com a história. Uma das frases mais marcantes do filme é: o amor é como o vento, não posso vê-lo, mas posso senti-lo.
Ele mostra que o amor é algo inexplicável, responsável pelo rompimento de barreiras sociais, que querendo ou não, uma hora atinge a todos, não tem como fugir. Não existem palavras que possam descrevê-lo, só quem ama ou já amou sabe o que é e quais os sentimentos que o envolvem, como o ciúme, o medo e a felicidade.
O amor muda as pessoas, faz com que suas vidas passem a ter um sentido a mais, torne-se especial, sendo capazes de enfrentar qualquer problema, pois ao lado da pessoa amada tudo se torna mais fácil.O homem há tempos luta por sua liberdade e felicidade.

domingo, 9 de março de 2008

Romantismo


( fonte:google)

O Romantismo foi um movimento artístico e filosófico surgido nas últimas décadas do século XVIII na Europa que perdurou por grande parte do século XIX. Caracterizou-se como uma visão do mundo contrária ao racionalismo que marcou o período neoclássico e buscou um nacionalismo que veio consolidar os estados nacionais na Europa. Inicialmente apenas uma atitude, um estado de espírito, o Romantismo tornou-se mais tarde a forma de um movimento e o espírito romântico passou a designar toda uma visão do mundo centrada no indivíduo. Os autores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos e desejos de escapismo.



Brasil



De acordo com o tema principal, os romances românticos no Brasil podem ser classificados como indianistas, urbanos ou regionalistas.
Romance indianista: O índio era o foco da literatura, pois era considerado uma autêntica expressão da nacionalidade, e era altamente idealizado. Como um símbolo da pureza e da inocência, representava o homem não corrompido pela sociedade, o não capitalista, além de assemelhar-se aos heróis medievais, fortes e éticos.
Romance urbano: Os temas desenvolvidos tratam da vida na capital e relatam as particularidades da vida cotidiana da burguesia, cujos membros se identificavam com os personagens. Os romances faziam sempre uma crítica à sociedade através de situações corriqueiras, como o casamento por interesse ou a ascensão social a qualquer preço.
Romance regionalista: Propunha uma construção de texto que valorizasse as diferenças étnicas, lingüísticas, sociais e culturais que afastavam o povo brasileiro da Europa, e caracterizava-os como uma nação. Os romances regionalistas criavam um vasto panorama do Brasil, representando a forma de vida e individualidade da população de cada parte do país. A preferência dos autores era por regiões afastadas de centros urbanos, pois estes estavam sempre em contato com a Europa, além de o espaço físico afetar suas condições de vida.



1º Geração (Nacionalista–indianista)
Voltada para a natureza, regressa ao passado histórico e ao medievalismo. Cria um herói nacional na figura do índio, de onde surgiu a denominação de geração indianista. O sentimentalismo e a religiosidade são outras características presentes. Entre os principais autores podemos destacar Gonçalves Dias, Gonçalves de Magalhães e Araújo Porto Alegre.



2º Geração (Mal do Século)
Essa geração, também conhecida como Byroniana e Ultra-Romantismo, recebeu a denominação de mal do século pela sua característica de abordar temas obscuros como a morte, amores impossíveis e a escuridão. Principais autores:Alvares de Azevedo; Casimiro de Abreu; Fagundes Varela; Junqueira Freire.



3º Geração (Condoreira)
Conhecida também como Condoreira, simbolizado pelo Condor, uma ave que costuma construir seu ninho em lugares muito altos, ou Hugoniana, referente ao escritor francês Victor Hugo, grande pensador do social. Apresenta linguagem declamatória e vem carregada de figuras de linguagem. Sentimento Social Liberal e Abolicionista. Apresenta como principais autores Castro Alves, Sousândrade e Tobias Barreto.
Castro Alves: Negro, denominado "Poeta dos Escravos", o mais expressivo representante dessa geração. Obras: Espumas Flutuantes, Navio Negreiro.



Principais romancistas românticos brasileiros
Joaquim Manuel de Macedo: romancista urbano escreveu A Moreninha e também O Moço Loiro. José de Alencar: principal romancista romântico. Romances urbanos: Lucíola; A Viuvinha; Cinco Minutos; Senhora. Romances regionalistas: O Gaúcho, O Sertanejo, O Tronco do Ipê. Romances históricos: A Guerra dos Mascates; As Minas de Prata. Romances indianistas: O Guarani, Iracema e o Ubirajara.
Bernardo Guimarães: considerado fundador do regionalismo. Obras: A Escrava Isaura; "O Seminarista"
Franklin Távora: regionalista. Obra mais importante: O Cabeleira.
Visconde de Taunay: regionalista. Obra mais importante: Inocência.
Gonçalves de Magalhães: introduziu o Romantismo no Brasil. Obras: Suspiros Poéticos e Saudades.
Gonçalves Dias: importante poeta romântico brasileiro. Obras: Canção do Exílio, I-Juca-Pirama
Álvares de Azevedo: fez parte da sociedade epicuréia destinada a repetir no Brasil a existência boêmia de Byron. Obras: Soneto, Lembranças de Morrer, Noite na Taverna.

No país, o romantismo perdurou até à década de 1880.


sábado, 8 de março de 2008

Tarsila do Amaral

Vida e Obra:


Tarsila do Amaral nasceu em 1º de setembro de 1886 na Fazenda São Bernardo, município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Suas obras revolucionaram a arte no Brasil.Vinda de uma família abastada, iniciou seus estudos em São Paulo com Pedro Alexandrino, mestre acadêmico. Em Paris, no início dos anos vinte, estudou na Academia Julian e com Emile Renard, já aparecendo como artista de vanguarda. Dessa primeira fase de sua pintura temos como exemplo "A Samaritana", 1911; "Pátio do Colégio", 1921 e "Chapéu Azul", 1922. Passou por uma fase impressionista, mas quando retornou ao Brasil em 1922, entrou em contato com o grupo modernista e começou a mudar sua pintura. Em 1923, de volta a Paris, entrou em contato com o cubismo (escola de pintura onde predominam figuras geométricas). Pintou "A Negra" e empolgou Fernand Léger, seu professor na época. Iniciou a pintura intitulada pau-brasil"" , onde a artista usou o cubismo como técnica, mas inovou colocando em suas telas temas e cores bem brasileiros. Tarsila criou o conceito de brasilidade, pois foi o "primeiro pintor" a usar as cores caipiras e a utilizar-se de temas do cotidiano do Brasil, lembrando-se muito de sua infância e adolescência vividas nas fazendas de seu pai. Dessa fase podem ser lembrados os quadros "Auto-retrato" ou "Manteau Rouge", 1923; "E.F.C.B.", 1924; "Carnaval em Madureira", 1924; "A Cuca", 1924; "Auto-Retrato", 1924; "O Pescador", 1925; "Religião Brasileira", 1927 e "Manacá", 1927.
Abaporu é o quadro mais importante já produzido no Brasil. Tarsila pintou um quadro para dar de presente para o escritor Oswald de Andrade, seu marido na época. Quando viu a tela, assustou-se e chamou seu amigo, o também escritor Raul Bopp. Ficaram olhando aquela figura estranha e acharam que ela representava algo de excepcional. Tarsila lembrou-se então de seu dicionário tupi-guarani e batizaram o quadro como Abaporu (o homem que come). Foi aí que Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e criaram o Movimento Antropofágico, com a intenção de "deglutir" a cultura européia e transformá-la em algo bem brasileiro. Este Movimento, apesar de radical, foi muito importante para a arte brasileira e significou uma síntese do Movimento Modernista brasileiro, que queria modernizar a nossa cultura, mas de um modo bem brasileiro temos como exemplo dessa fase os quadros: "Abaporu", 1928; "O Lago", 1928; "O Ovo" ou "Urutu", 1928; "A Lua",1928; "Cartão Postal", 1929 e "Antropofagia", 1929.
(Antropofagia)
(Abaporu)
Em 1933, depois de visitar a ex-URSS, pintou o quadro "Operários". Assim, mais uma vez precursora Tarsila iniciou a pintura com temas sociais no Brasil. Nessa fase pintou também "Segunda Classe". Nos anos cinqüenta a artista retomou as paisagens e as cores brasileiras que tanto a caracterizaram e voltou à pintura pau-brasil, agora intitulada neo pau-brasil. Tarsila fez duas grandes exposições em Paris nos anos vinte (1926 e 1929), com grande sucesso. Expôs no Brasil individualmente pela primeira vez em 1929. Até seu falecimento, participou de diversas exposições no Brasil e em vários lugares do mundo. Inovou sempre e contribuiu para mudar o rumo das artes do Brasil, junto com o grupo modernista brasileiro, mas mesmo dentro do grupo, sempre foi precursora, sendo assim considerada um dos artistas de maior importância na arte brasileira.